Energia
Ar condicionado a energia solar pode chegar ao Brasil em breve
Está perto de chegar ao Brasil um ar condicionado que consome 50% a menos de energia. Isso porque boa parte de seu funcionamento é a base de energia solar e a instalação é mais simples do que a de um ar condicionado convencional. Dono da empresa mineira LuxTerm Soluções Sustentáveis, o empresário Gilberto Rodrigues, conta que já está em negociação para trazer o produto ao Brasil.
“É um ar condicionado que possui tubos de vidro a vácuo que captam a energia solar. A partir disso ele faz o ar condicionado funcionar com 50% a menos de energia. É um sistema híbrido, ele é ligado a energia convencional, mas utiliza em parte a energia solar”, explica.
Ainda segundo o empresário, a ideia é tentar importar o produto a um preço mais acessível. “A expectativa é que em dois meses ele já esteja sendo vendido aqui. O problema é que a tarifa para ar condicionado é mais alta do que para outros produtos elétricos, mas estamos tentando arrumar um jeito. Pode ser que ele custe em torno de R$ 2.500. Mas é um aparelho que se paga ao longo do tempo pelo tanto que você vai economizar na conta de luz”, explica.
A empresa que foca em soluções sustentáveis também trabalha com painéis solares que transformam energia solar em energia elétrica, e aquecedores solares.
Fonte: O Tempo
Carga de energia no sistema nacional cresce 3,7% em 2014, diz ONS

Taxa de crescimento é igual à obtida em 2013, em relação ao ano anterior.
A carga de energia no sistema elétrico, obtida a partir da geração de energia de todas as usinas ligadas ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), subiu 3,7% em 2014, na comparação com 2013. A taxa de crescimento é igual à obtida em 2013, em relação ao ano anterior.
O indicador representa a evolução do consumo de energia, levando em conta também as perdas elétricas.
Em dezembro, a carga de energia alcançou 65.602 megawatts (MW) médios, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (12) pelo ONS. O montante é 2,1% superior ao de igual período de 2013. Em relação a novembro, porém, a demanda caiu 1,3%.
“A carga o SIN [Sistema Interligado Nacional] tem sido influenciada pelo modesto desempenho da carga industrial do subsistema Sudeste. Além disso, vários ramos industriais concederam férias coletivas no fim de ano a fim de reequilibrar os estoques, elevados em vários setores ainda que mais perceptíveis na cadeira automobilística”, afirmou o ONS, em relatório. O Sudeste é responsável pelo consumo de 60% da carga industrial do sistema.
Uso da capacidade instalada cai
O operador citou que o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 1,4 ponto percentual, entre novembro e dezembro, passando de 82,7% para 81,3%, atingindo o menor patamar desde agosto de 2009, quando o Nuci alcançou 81,2%.
O ONS também destacou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI), da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 1,5% entre novembro e dezembro de 2014, passando de 85,6 pontos para 84,3 pontos.
Com relação ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o consumo total de energia em dezembro ficou em 38.653 MW médios, com alta de 2% frente igual período do ano passado. Na comparação com o mês exatamente anterior, porém, o consumo recuou 1,2%. No consolidado de 2014, o consumo nas duas regiões cresceu 2,5%.
No Sul, o consumo de energia alcançou 11.478 MW médios em dezembro, com alta de 2,5% frente o último mês de 2013. Na comparação com novembro de 2014, o consumo apresentou queda de 1,6%. No consolidado de 2014, o consumo cresceu 5%.
O crescimento do consumo de energia em 2014 no Nordeste foi de 3,4% em comparação com o ano anterior. Apenas em dezembro, o consumo alcançou 10.385 MW médios, com alta de 4,5% ante dezembro de 2013. Na comparação com o mês exatamente anterior, o consumo recuou 1%.
Consumo no norte cresce 11,3%
No Norte, o consumo de energia em dezembro totalizou 5.086 MW médios, com queda de 3,1% em relação a igual período do ano passado. Na comparação com novembro de 2014, o consumo também apresentou queda, de 2%. No consolidado de 2014, porém, o consumo de energia no norte avançou 11,3% em comparação com o ano anterior.
Segundo o ONS, a alta “reflete o desempenho da atividade dos grandes consumidores industriais eletrointensivos” conectados à rede.
Fonte: G1.com
‘Árvore de vento’, um aerogerador que produz energia a partir da brisa
Equipada com uma centena de folhas de plástico verde, penduradas em um tronco de aço, que funciona como outros tantos aerogeradores silenciosos, “a árvore de vento” visa a aproveitar a menor corrente de ar nas cidades para gerar energia.
“A ideia me ocorreu em uma praça onde via as folhas das árvores se mover, apesar de não haver sequer uma brisa de vento”, diz Jérôme Michaud-Larivière, fundador da empresa parisiense NewWind, que comercializará a “árvore de vento” em 2015.
Após três anos de pesquisas, a equipe de engenheiros reunida em torno deste antigo roteirista de cinema fez um protótipo de oito metros, que tinha sido instalado na Cidade das Telecomunicações de Pleumeur-Bodou (Bretanha, oeste da França), onde suscita a curiosidade dos visitantes.
“Plantada” perto de uma usina eólica doméstica, esta árvore de aspecto elegante se distingue também pelo funcionamento totalmente silencioso: suas hastes, escondidas entre as folhas, giram no sentido do vento – independentemente da direção -, evitando qualquer efeito de “deformação”.
As miniturbinas do gerador integrado, dispostas em fileiras para captar qualquer brisa, giram desde o momento em que o vento atinge os 2 metros por segundo segundo contra 4 m/s para os moinhos eólicos clássicos, aumentando o número de dias nos quais a árvore – de potência avaliada entre 2,5 e 3,5 kWh – pode produzir eletricidade, argumenta Jérôme Michaud-Larivière.
Segundo ele, este aerogerador – que ainda não foi submetido a testes por um laboratório independente – é rentável com ventos que sopram a 3,5 m/seg, em média, em um ano.
A meta é explorar as pequenas correntes de ar que circulam na cidade entre os prédios e ruas para alimentar, por exemplo, umas vinte lâmpadas de led, um posto de recarga de carros elétricos ou uma residência bem isolada com quatro pessoas.
Mas a Agência de Meio Ambiente e Controle da Energia (Ademe), para a qual o potencial do pequeno aerogerador da cidade é “muito frágil”. A “árvore de vento” explora “a mesma fonte que o pequeno aerogerador urbano clássico, uma fonte que não é de primeira qualidade”, comentou Robert Bellini, engenheiro no serviço de redes e energias renováveis da Ademe.
“A experiência sobre o pequeno aerogerador mostra que no geral há uma tendência a se distanciar, por baixo, dos resultados esperados”, continua, fixando o limite de rentabilidade neste setor a 5 kwh.
Embora o custo da “árvore de vento (29.500 euros, sem impostos) o torne bastante inacessível aos particulares, seu criador diz que é possível usar as folhas, colocando-as, por exemplo, em um telhado ou nas estradas para produzir energia para os carros que precisam recarregar as baterias durante o trajeto.
Já foram vendidas 21 árvores, essencialmente às comunidades locais e a grandes empresas e em 2015 uma será ‘plantada’ na praça da Concórdia, em Paris.
Fonte: Info Abril
Energia solar térmica já representa mais de 1% na matriz energética do Brasil
O Brasil encontra-se na 5a posição no ranking mundial na utilização de energia solar térmica, de acordo com o relatório da IEA – International Energy Agency – 2014, com capacidade instalada de 5.783 MWth e produção de energia anual de 5.785 GWhth, energia proveniente dos 8,4 milhões de m² de área de coletores solares térmicos instalados até o ano de 2012, de acordo com o citado relatório.
A Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, que representa o setor de energia solar térmica em todo o território nacional, chama a atenção para os benefícios do uso desta fonte de energia, limpa e renovável, frente aos desafios energéticos que passa o país, pois apresenta múltiplas formas de contribuição na geração de água quente (energia) para residências, comércios, hospitais, clubes e indústrias, que apresenta versatilidade em diversos tipos de aplicações, deslocando consumo de energia elétrica no horário de pico.
Para Marcelo Mesquita, Secretário Executivo do Departamento Nacional de Aquecimento Solar – Dasol da Abrava, o Brasil pode e deve explorar muito mais e de maneira inteligente essa energia, que apresenta o menor custo dentre vários energéticos disponíveis e tem a vantagem de ser uma geração instalada no ponto de utilização, ou seja, 100% distribuída e que não depende de conexão com a rede pública de eletricidade, como é o caso da energia solar fotovoltaica.
De acordo com estudos recentemente publicados pela Abrava, a partir de dados desse mercado do ano de 2013 e de informações do BEN – Balanço Energético Nacional, a energia solar térmica já representa 1,03% da matriz elétrica brasileira, pouco atrás da energia eólica com 1,09% (gerada pela produção dos ventos), e bem à frente da fotovoltaica (energia solar para a geração de eletricidade) com 0,01%.
O parque solar térmico existente no Brasil, em 2013 com 6.363 GWh, já supera a energia gerada pela usina nuclear de Angra 1 (5.395,5 GWh). A capacidade instalada é de 1.397 MW, que equivale a potência de 2 turbinas de Itaipu (2x700MW), sendo que essa energia elétrica equivalente é suficiente para abastecer uma cidade inteira como Curitiba, que possui população de 1,8 milhões de habitantes e atividade econômica que a faz ter o 4o. maior PIB – Produto Interno Bruto do Brasil.
Aquecimento Solar é energia
Nos últimos anos a matriz energética brasileira tem sofrido alterações e perdendo sua característica renovável. Esse cenário se intensificará ainda mais, pois a crescente demanda por energia se depara com a escassez de chuvas e especulações no que se refere às garantias do abastecimento, que passam a contar com o funcionamento contínuo das usinas térmicas, e que acarretam a elevação contínua e expressiva dos preços da eletricidade e o consequente aumento da poluição devido às emissões de gases que ampliam o efeito estufa e agridem a camada de ozônio.
Nesse contexto, se destaca a contribuição dos Sistemas de Aquecimento Solar (SAS), que pode substituir fontes energéticas tradicionais, como a eletricidade e o gás, pela energia solar térmica (aquecimento de água) em diversos segmentos da economia, tais como: hotéis, hospitais, residências, habitações de interesse social, clubes, piscinas e academias e, até mesmo, em processos industriais, que apresentam enorme potencial. Em todos esses setores são amplos os benefícios, não apenas nos aspectos energético e ambiental, como também social e econômico.
Para Luís Augusto Ferrari Mazzon, presidente do DASOL, o uso da energia solar térmica traduz também em expressiva economia de energia para os cidadãos e para o país e traz, ainda, redução da demanda de energia elétrica no horário de pico do sistema elétrico, minimizando o risco de apagões. Desta forma, os sistemas de aquecimento solar colaboram de forma efetiva com o setor energético e na diversificação de sua matriz de geração, com energia advinda de fonte totalmente limpa, gratuita e obtida por equipamentos etiquetados e aprovados pelo Inmetro, produzidos por indústrias eminentemente nacionais, que geram mais de 40 mil empregos aqui no Brasil.
Ainda de acordo com o citado relatório da Agência Internacional de Energia, no ano de 2012 o Brasil ampliou a capacidade instalada da tecnologia de aquecimento solar de água em 806 MWth, superando a Alemanha (805) e Estados Unidos (699), nesse mesmo período.
No contexto da matriz energética brasileira, um destaque importante é que o valor da energia produzida pelo aquecedor solar para o consumidor final é apenas cerca de 1/3 do custo da eletricidade, ou seja, algo próximo a R$ 120,00 por MWh.
De acordo com os dados mais recentes do DASOL, o Brasil fechou o ano de 2013 com 9,8 milhões de m² de área de coletores instalados de Sistemas de Aquecimento Solar – SAS, com geração de 6.830 GWh/ano, equivalente ao consumo anual de uma cidade como Curitiba, com cerca de 2 milhões de habitantes.
Os benefícios da utilização em Habitações de Interesse Social
Só com o uso do aquecedor solar é possível economizar cerca de 35% no valor da conta de energia. O uso do chuveiro elétrico representa 25% da conta de energia e no inverno pode aumentar mais 30%.
Para o Dasol, um ponto de partida na contribuição do setor ao país, é o governo estender a instalação compulsória de aquecedores solares para todas as residências do Programa Minha Casa Minha Vida, um total de 3 milhões de habitações e geração de 4.645 GWh/ano, superior ao consumo distribuído pela Concessionária do Estado do Rio Grande do Norte em 2013 (Cosern – 4.418 GWh), mas hoje, o uso do equipamento é restrito somente a casas da “faixa 1″ do Programa, e deve atingir apenas 263 mil residências.
Para a entidade, algumas medidas tomadas por parte do governo seriam assertivas, como por exemplo, a adoção de um programa motivacional e de incentivo com desconto no valor da aquisição de aquecedores solares de água que viabilizaria muitos benefícios à sociedade brasileira, como:
a. Redução do consumo de energia elétrica, principalmente em substituição ao consumo do chuveiro elétrico. Em média, para uma instalação residencial, pesquisas demonstram economias mensais superiores a 30%;
b. Redução do pico de demanda de eletricidade ao substituir/reduzir o uso do chuveiro elétrico, concentrado no horário entre 17 e 22 horas, sem privação do conforto
c. Economia financeira para as famílias no valor da conta de energia promovendo a transferência interna dos recursos domésticos para alimentação, educação e moradia, ou seja, aumento da renda líquida para as famílias de menor poder aquisitivo;
d. Maior adimplência por parte dos mutuários nos pagamentos de parcelas dos financiamentos dos programas habitacionais e condomínios nas unidades multifamiliares;
e. Geração de empregos distribuída por toda a cadeia de valor do setor.
Mudança de paradigma no cálculo de energia solar térmica
De forma a facilitar o entendimento dos consumidores e profissionais de mercado, assim como ampliar o reconhecimento pelos órgãos de governo da aplicação dessa importante fonte de energia para o Brasil, desde agosto de 2014, o setor de aquecimento solar adota uma nova forma de apresentação da produção de energia solar térmica de seus equipamentos, antes expressa apenas em m², mas que agora é apresentada também pela sua contribuição energética em kWh/mês.m², sendo uma forma simples e já de conhecimento das pessoas e que está indicado nas etiquetas do Inmetro para o produto, ou seja, a Produção Mensal de Energia (PME) do coletor solar. Se multiplicada por 12 (meses do ano) e pela quantidade de m² de coletores instalados na edificação, resultará na Produção Anual Padronizada de Energia (PAPE), resultado da produção de energia solar medida em kWh/ano.
Do ponto de vista ambiental
No que se refere à preservação do meio ambiente, o uso de aquecedores solares apresenta vantagens, funcionando a partir de uma fonte natural o SOL, é ecológica, gratuita, de aplicação descentralizada, que não agride o meio ambiente, é inesgotável, entre outras.
Com o uso de 1 m² de coletor solar por ano, pode-se:
1. Deixar de inundar cerca de 56m² para geração de energia elétrica
2. Eliminar o consumo de 215kg de lenha
3. Poupar 67m³ de gás natural
4. Economizar 55kg de GLP
5. Poupar 73 litros de gasolina
6. Deixar de consumir 223 m³ de gás natural para termoelétricas
7. Deixar de consumir 227 litros de diesel para termoelétricas
8. Poupar 66 litros de diesel
Fonte: Dasol
Energias renováveis podem conter mudanças climáticas, afirma Al Gore
Durante o workshop do Projeto, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), o ex-vice-presidente dos Estados Unidos e diretor do Climate Reality Project, Al Gore, apontou que o aumento das emissões globais dos gases causadores do efeito estufa, ocasionado principalmente pelo uso desenfreado de energia fóssil, é um dos maiores obstáculos para evitar o caos climático.
O evento reuniu entre os dias 04 e 06 de novembro mais de 700 líderes empresariais, ONGs e representantes de governo de 52 países, para um curso intensivo sobre os perigos das variações no clima.
O 5º Relatório sobre o clima do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) das Nações Unidas reforça as afirmações do ambientalista, que aponta, entre outras coisas, que 95% da causa do aquecimento global é humana.
Recém divulgada, a publicação destaca ainda que se não nos livrarmos do uso indisciplinado da energia extraída do carvão e do petróleo, que até o fim do século, a Terra deverá aquecer mais de dois graus, o que poderá causar sérios danos ambientais. “Enquanto a economia mundial continuar dependente dos combustíveis fósseis, a sociedade será pressionada a tomar decisões erradas,” afirmou Al Gore.
Segundo o americano, que dividiu com o IPCC o Prêmio Nobel da Paz de 2008, a solução é a adoção de energias renováveis, que além de mais limpas, estimulam a atividade econômica.
O Brasil neste contexto
País sede desta edição do workshop, o Brasil foi um dos destaques no Painel “Energia do Futuro do Brasil: As Escolhas futuras,” onde representantes de importantes instituições debateram sobre o papel da energia sustentável dentro da matriz energética brasileira.
No Brasil, a maior parte da energia produzida e consumida é proveniente das hidrelétricas, porém as questões ambientais têm limitado a sua expansão e a sua capacidade de estocar água em seus reservatórios, evidenciando a necessidade da maior diversificação de fontes que, simultaneamente, sejam complementares à geração hídrica e contribuam para a manutenção do perfil limpo da matriz elétrica.
Trata-se de opção estratégica para o futuro energético do país e fontes como a eólica, a solar e a bioeletricidade, eletricidade produzida a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar, foram apontadas pelos especialistas como maneira substancial e sustentável para reduzir as emissões de CO2.
Defendendo o uso mais amplo da energia limpa extraída dos canaviais, o diretor executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Leão de Sousa, enfatiza as vantagens socioambientais, como a geração de renda e de emprego no campo, estímulo à indústria de bens de capital e poupança de divisas. Destaca ainda o benefício ambiental da bioeletricidade em relação às usinas termelétricas movidas a óleo combustível, maior entre todas as formas de geração que estão atualmente disponíveis em larga escala.
A indústria sucroenergética produziu no ano passado o equivalente a 6% do consumo total no país, o que equivale à geração de energia suficiente para 8 milhões de residências ao longo de todo ano. “Além da economia de cerca de 10% da água dos reservatórios do submercado elétrico Sudeste/Centro-Oeste, que responde por 60% do consumo brasileiro, a bioeletricidade gerada a partir da cana evitou a emissão de cerca de 16 milhões de toneladas de gases de efeito estufa”, afirma Sousa.
Se aproveitada plenamente toda a biomassa de cana disponível no Brasil, será possível agregar à rede elétrica um volume de energia da ordem de 11.000 MW médios até a safra 2018/2019, o que equivale a uma usina do porte de Itaipu, ou três de Belo Monte, em termos de capacidade instalada (11.233 MW).
Fonte: Unica / Adaptado por CeluloseOnline
ABB lança sistema de cabeamento de transmissão de 525kV
A ABB lançou um sistema de cabeamento de corrente direta de alta tensão (HVDC) extrudado de 525kV para fazer as instalações de energia renovável mais eficientes e rentáveis. A inovação pretende mais que dobrar a capacidade de energia, de 1GW para 2,6GW. Também expandirá o alcance do cabeamento para distâncias de mais de 1,5 mil quilômetros, a partir de menos de mil quilômetros, enquanto mantém perdas de transmissão abaixo de 5%.
O novo cabeamento oferece um aumento de 64%, acima de 320kV, atualmente a maior tensão implantada para este tipo de tecnologia. O sistema pode ser implantado em aplicações subterrâneas e submarinas, tornando isto ideal para entrega de energia eficiente através de áreas densamente povoadas ou sensíveis do ponto de vista ambiental, ou aplicações costeiras ou a mar aberto.
“Esta grande inovação tecnológica irá mudar a viabilidade de projetos de energia renovável e atuar um papel definitivo no uso de cabeamentos de alta tensão subterrâneo e submarino para integrar energias renováveis em longas distâncias”, disse Ulrich Spiesshofer, CEO da ABB.
Ao permitir mais energia em distâncias maiores com perdas reduzidas, a nova tecnologia de 525 kV oferece soluções para países e serviços públicos que procuram permitir que seus sistemas de transmissão integrem mais energia renovável, que é gerada por instalações solares e eólicas distantes.
Oferece, ainda, economia em despesas de capital e operacional e auxilia no desenvolvimento de redes de corrente contínua, onde a ABB já atua no desenvolvimento do disjuntor HVDC híbrido.
Fonte: Jornal da Energia
Brasil avança em energia solar e eólica
País de dimensões continentais banhado por sol e com vasto litoral onde sopram ventos constantes, o Brasil começa a despertar para a importância das energias limpas, como a eólica ou solar: até 2018, segundo previsões da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a participação da energia eólica na matriz energética brasileira vai saltar dos atuais 3% para 8%, alcançando, em mais alguns anos, o equivalente ao produzido pela hidrelétrica de Itaipu.
No horizonte dos próximos dez anos, técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, preveem que o Brasil terá a mesma capacidade de renováveis em comparação com as fontes atuais, mesmo com a diminuição das fontes hidráulicas. O custo da energia eólica também contribui para esse avanço: seu preço já é hoje inferior ao da energia das pequenas centrais hidrelétricas, por exemplo.
A energia solar avança em passos mais lentos, porém também promissores. Em meados da próxima década, estimativas da EPE indicam que a geração de energia solar ganhará mais impulso graças à tecnologia. Além dos painéis fotovoltaicos já utilizados, a potência solar concentrada (CSP, na sigla em inglês) permitirá a construção de usinas heliotérmicas que usam espelhos para concentrar a luz em pequenas áreas, gerando vapor que movimenta turbinas. Embora seu custo ainda seja proibitivo e superior ao da eólica, o sistema de energia solar permite que seu gerador “doe” energia para a rede em horários ociosos, recebendo depois compensações financeiras. Essa vantagem competitiva é um incentivo à sua instalação.
A ABEEólica prevê que em seis anos a capacidade instalada de energia éolica no país vai aumentar quase 300%. Considerando os parques em construção e a energia já contratada, isso significa um salto de produção dos atuais 3.455,3 MW para 13.487,3 MW, uma quantidade de energia suficiente para abastecer mais de 20 milhões de residências. O Rio Grande do Norte lidera a geração de energia eólica, com 46 parques instalados e produção de 1.339,2 MW. O Ceará vem em segundo lugar, com 22 parques e 661,0 MW. Em seguida, pela ordem de produção, temos Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco, Piauí e Paraná.
Além de ser a que mais cresce no Brasil, a energia eólica deve ter sua produção mundial dobrada até 2020, segundo previsão da consultoria GlobalData. A capacidade instalada cumulativa saltará dos 319,6 GW produzidos em 2013 para 678,5 GW em 2020, sobretudo por causa da China, hoje responsável por 45% de toda a capacidade mundial, graças a uma política de concessões e disponibilidade de financiamentos a baixo custo pelos bancos. Os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior mercado global, com capacidade de aumentar os atuais 68,9 GW para 104,1 GW em 2020, graças a políticas de incentivo a energias renováveis adotadas por vários Estados.
Fonte: Época NEGÓCIOS
Cientistas japoneses querem captar energia solar da Lua
Uma empresa japonesa tem a intenção de buscar energia solar da Lua. A captação seria realizada por robôs e enviada à Terra através de raio laser. A Shimizu espera que a técnica progrida até 2035, quando o anel de captação da energia solar começa a ser construído.
Os japoneses ainda não calcularam os custos com o projeto, que é visto por especialistas com certo ceticismo. Alguns acreditam que existam formas mais eficazes e baratas de captar a energia no Brasil, através da instalação de painéis solares no sertão do nordeste, por exemplo.
Outra questão é sobre acordos políticos para explorar a Lua, pois ela não tem dono é propriedade do mundo. O porta-voz da empresa idealizadora do projeto, acredita que a proposta deva ser coletiva levando em consideração essa questão.