Energia Solar
Ar condicionado a energia solar pode chegar ao Brasil em breve
Está perto de chegar ao Brasil um ar condicionado que consome 50% a menos de energia. Isso porque boa parte de seu funcionamento é a base de energia solar e a instalação é mais simples do que a de um ar condicionado convencional. Dono da empresa mineira LuxTerm Soluções Sustentáveis, o empresário Gilberto Rodrigues, conta que já está em negociação para trazer o produto ao Brasil.
“É um ar condicionado que possui tubos de vidro a vácuo que captam a energia solar. A partir disso ele faz o ar condicionado funcionar com 50% a menos de energia. É um sistema híbrido, ele é ligado a energia convencional, mas utiliza em parte a energia solar”, explica.
Ainda segundo o empresário, a ideia é tentar importar o produto a um preço mais acessível. “A expectativa é que em dois meses ele já esteja sendo vendido aqui. O problema é que a tarifa para ar condicionado é mais alta do que para outros produtos elétricos, mas estamos tentando arrumar um jeito. Pode ser que ele custe em torno de R$ 2.500. Mas é um aparelho que se paga ao longo do tempo pelo tanto que você vai economizar na conta de luz”, explica.
A empresa que foca em soluções sustentáveis também trabalha com painéis solares que transformam energia solar em energia elétrica, e aquecedores solares.
Fonte: O Tempo
Governo estuda financiar produção de energia em casas e no comércio
O governo federal discute a criação de uma linha de crédito para financiar a compra, pela população, de equipamentos que produzem energia nas casas e no comércio, a chamada microgeração. A informação é do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
De acordo com ele, o financiamento poderá ser oferecido por bancos públicos, como Caixa, Banco do Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). E poderá ser tomado por pessoas que queiram, por exemplo, instalar em suas casas painéis que geram eletricidade por meio da luz solar.
A compra de outros equipamentos de microgeração, como eólicos (que usam o vento para produzir eletricidade) e biodigestores (que geram por meio da queima de resíduos de animais, por exemplo), também podem vir a ser financiada.
O incentivo à microgeração ganhou urgência no governo devido à crise que atinge o setor elétrico, com a queda acentuada no armazenamento de água em reservatórios das principais hidrelétricas, e o risco de um novo racionamento no país.
Sobra de energia
Além de oferecer condições de suprir toda a demanda da casa ou comércio, esses equipamentos ainda podem jogar na rede comum toda a sobra de eletricidade produzida e não consumida.
De acordo com Rufino, porém, há ainda um “entrave” para a popularização da microgeração: governos estaduais defendem que a sobra de energia jogada na rede seja taxada por ICMS.
“Elaboramos toda a norma para que não houvesse fato gerador de ICMS, mas as autoridades tributárias estaduais tiveram uma interpretação diversa, entendendo que havia tributação tanto na ida [energia levada pelas distribuidoras] quanto na volta, na geração feita pelo consumidor que sobra e é depositada na rede”, disse o diretor-geral da Aneel.
Rufino aponta que a ideia desse sistema é oferecer um crédito de energia a quem depositar eletricidade na rede comum, que poderá ser usado depois. Ou seja, não há previsão de compra e venda dessa energia da microgeração.
Entretanto, ele apontou que existe uma discussão “bem encaminhada” entre o governo federal e os estados visando a isenção de ICMS dessa energia.
Fonte: G1.com
Energia solar térmica já representa mais de 1% na matriz energética do Brasil
O Brasil encontra-se na 5a posição no ranking mundial na utilização de energia solar térmica, de acordo com o relatório da IEA – International Energy Agency – 2014, com capacidade instalada de 5.783 MWth e produção de energia anual de 5.785 GWhth, energia proveniente dos 8,4 milhões de m² de área de coletores solares térmicos instalados até o ano de 2012, de acordo com o citado relatório.
A Abrava – Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento, que representa o setor de energia solar térmica em todo o território nacional, chama a atenção para os benefícios do uso desta fonte de energia, limpa e renovável, frente aos desafios energéticos que passa o país, pois apresenta múltiplas formas de contribuição na geração de água quente (energia) para residências, comércios, hospitais, clubes e indústrias, que apresenta versatilidade em diversos tipos de aplicações, deslocando consumo de energia elétrica no horário de pico.
Para Marcelo Mesquita, Secretário Executivo do Departamento Nacional de Aquecimento Solar – Dasol da Abrava, o Brasil pode e deve explorar muito mais e de maneira inteligente essa energia, que apresenta o menor custo dentre vários energéticos disponíveis e tem a vantagem de ser uma geração instalada no ponto de utilização, ou seja, 100% distribuída e que não depende de conexão com a rede pública de eletricidade, como é o caso da energia solar fotovoltaica.
De acordo com estudos recentemente publicados pela Abrava, a partir de dados desse mercado do ano de 2013 e de informações do BEN – Balanço Energético Nacional, a energia solar térmica já representa 1,03% da matriz elétrica brasileira, pouco atrás da energia eólica com 1,09% (gerada pela produção dos ventos), e bem à frente da fotovoltaica (energia solar para a geração de eletricidade) com 0,01%.
O parque solar térmico existente no Brasil, em 2013 com 6.363 GWh, já supera a energia gerada pela usina nuclear de Angra 1 (5.395,5 GWh). A capacidade instalada é de 1.397 MW, que equivale a potência de 2 turbinas de Itaipu (2x700MW), sendo que essa energia elétrica equivalente é suficiente para abastecer uma cidade inteira como Curitiba, que possui população de 1,8 milhões de habitantes e atividade econômica que a faz ter o 4o. maior PIB – Produto Interno Bruto do Brasil.
Aquecimento Solar é energia
Nos últimos anos a matriz energética brasileira tem sofrido alterações e perdendo sua característica renovável. Esse cenário se intensificará ainda mais, pois a crescente demanda por energia se depara com a escassez de chuvas e especulações no que se refere às garantias do abastecimento, que passam a contar com o funcionamento contínuo das usinas térmicas, e que acarretam a elevação contínua e expressiva dos preços da eletricidade e o consequente aumento da poluição devido às emissões de gases que ampliam o efeito estufa e agridem a camada de ozônio.
Nesse contexto, se destaca a contribuição dos Sistemas de Aquecimento Solar (SAS), que pode substituir fontes energéticas tradicionais, como a eletricidade e o gás, pela energia solar térmica (aquecimento de água) em diversos segmentos da economia, tais como: hotéis, hospitais, residências, habitações de interesse social, clubes, piscinas e academias e, até mesmo, em processos industriais, que apresentam enorme potencial. Em todos esses setores são amplos os benefícios, não apenas nos aspectos energético e ambiental, como também social e econômico.
Para Luís Augusto Ferrari Mazzon, presidente do DASOL, o uso da energia solar térmica traduz também em expressiva economia de energia para os cidadãos e para o país e traz, ainda, redução da demanda de energia elétrica no horário de pico do sistema elétrico, minimizando o risco de apagões. Desta forma, os sistemas de aquecimento solar colaboram de forma efetiva com o setor energético e na diversificação de sua matriz de geração, com energia advinda de fonte totalmente limpa, gratuita e obtida por equipamentos etiquetados e aprovados pelo Inmetro, produzidos por indústrias eminentemente nacionais, que geram mais de 40 mil empregos aqui no Brasil.
Ainda de acordo com o citado relatório da Agência Internacional de Energia, no ano de 2012 o Brasil ampliou a capacidade instalada da tecnologia de aquecimento solar de água em 806 MWth, superando a Alemanha (805) e Estados Unidos (699), nesse mesmo período.
No contexto da matriz energética brasileira, um destaque importante é que o valor da energia produzida pelo aquecedor solar para o consumidor final é apenas cerca de 1/3 do custo da eletricidade, ou seja, algo próximo a R$ 120,00 por MWh.
De acordo com os dados mais recentes do DASOL, o Brasil fechou o ano de 2013 com 9,8 milhões de m² de área de coletores instalados de Sistemas de Aquecimento Solar – SAS, com geração de 6.830 GWh/ano, equivalente ao consumo anual de uma cidade como Curitiba, com cerca de 2 milhões de habitantes.
Os benefícios da utilização em Habitações de Interesse Social
Só com o uso do aquecedor solar é possível economizar cerca de 35% no valor da conta de energia. O uso do chuveiro elétrico representa 25% da conta de energia e no inverno pode aumentar mais 30%.
Para o Dasol, um ponto de partida na contribuição do setor ao país, é o governo estender a instalação compulsória de aquecedores solares para todas as residências do Programa Minha Casa Minha Vida, um total de 3 milhões de habitações e geração de 4.645 GWh/ano, superior ao consumo distribuído pela Concessionária do Estado do Rio Grande do Norte em 2013 (Cosern – 4.418 GWh), mas hoje, o uso do equipamento é restrito somente a casas da “faixa 1″ do Programa, e deve atingir apenas 263 mil residências.
Para a entidade, algumas medidas tomadas por parte do governo seriam assertivas, como por exemplo, a adoção de um programa motivacional e de incentivo com desconto no valor da aquisição de aquecedores solares de água que viabilizaria muitos benefícios à sociedade brasileira, como:
a. Redução do consumo de energia elétrica, principalmente em substituição ao consumo do chuveiro elétrico. Em média, para uma instalação residencial, pesquisas demonstram economias mensais superiores a 30%;
b. Redução do pico de demanda de eletricidade ao substituir/reduzir o uso do chuveiro elétrico, concentrado no horário entre 17 e 22 horas, sem privação do conforto
c. Economia financeira para as famílias no valor da conta de energia promovendo a transferência interna dos recursos domésticos para alimentação, educação e moradia, ou seja, aumento da renda líquida para as famílias de menor poder aquisitivo;
d. Maior adimplência por parte dos mutuários nos pagamentos de parcelas dos financiamentos dos programas habitacionais e condomínios nas unidades multifamiliares;
e. Geração de empregos distribuída por toda a cadeia de valor do setor.
Mudança de paradigma no cálculo de energia solar térmica
De forma a facilitar o entendimento dos consumidores e profissionais de mercado, assim como ampliar o reconhecimento pelos órgãos de governo da aplicação dessa importante fonte de energia para o Brasil, desde agosto de 2014, o setor de aquecimento solar adota uma nova forma de apresentação da produção de energia solar térmica de seus equipamentos, antes expressa apenas em m², mas que agora é apresentada também pela sua contribuição energética em kWh/mês.m², sendo uma forma simples e já de conhecimento das pessoas e que está indicado nas etiquetas do Inmetro para o produto, ou seja, a Produção Mensal de Energia (PME) do coletor solar. Se multiplicada por 12 (meses do ano) e pela quantidade de m² de coletores instalados na edificação, resultará na Produção Anual Padronizada de Energia (PAPE), resultado da produção de energia solar medida em kWh/ano.
Do ponto de vista ambiental
No que se refere à preservação do meio ambiente, o uso de aquecedores solares apresenta vantagens, funcionando a partir de uma fonte natural o SOL, é ecológica, gratuita, de aplicação descentralizada, que não agride o meio ambiente, é inesgotável, entre outras.
Com o uso de 1 m² de coletor solar por ano, pode-se:
1. Deixar de inundar cerca de 56m² para geração de energia elétrica
2. Eliminar o consumo de 215kg de lenha
3. Poupar 67m³ de gás natural
4. Economizar 55kg de GLP
5. Poupar 73 litros de gasolina
6. Deixar de consumir 223 m³ de gás natural para termoelétricas
7. Deixar de consumir 227 litros de diesel para termoelétricas
8. Poupar 66 litros de diesel
Fonte: Dasol
Cientistas criam células solares inspiradas nos gramados

Usina de energia solar: a nova tecnologia deve aumentar a eficiência de painéis como esses, além de favorecer a fabricação de baterias e dispositivos eletrônicos
Em busca de um novo modelo de célula solar, pesquisadores norte-americanos e alemães se inspiraram no sistema de conversão energética mais eficiente e antigo que existe: um simples gramado. Os cientistas desenvolveram nanopilares orgânicos cristalinos, estruturas invisíveis a olho nu que podem ser descritas como uma versão minúscula de laboratório das folhas de grama. O modelo tem mais eficiência no processo de transformar luz em eletricidade do que as células planas comuns e pode ser aplicado em breve em vários tipos de dispositivos de baixo custo.
As nanogramas, como são chamados os blocos de polímero criados pelos pesquisadores, são superfícies nanométricas cobertas por bilhões de estacas. Essas pequenas folhas artificiais são criadas a partir de cristais orgânicos empilhados como moedas. Esse conjunto também lembra a arquitetura interna dos cloroplastos, organelas que fazem fotossíntese nas plantas.
Empilhar compostos uns sobre os outros é, de acordo com os criadores da tecnologia, a melhor solução para o transporte de cargas. Nessa disposição, os elétrons viajam de forma mais rápida devido às interações entre moléculas do arranjo da pilha de materiais.
Grafeno

A nanograma é composta de blocos de cristal verticais: transmissão de elétrons facilitada
O grande desafio do projeto foi encontrar a base apropriada que permitisse aos pesquisadores montar uma pilha vertical. A solução foi encontrada de forma acidental: um estudante encarregado de aplicar a estrutura de sustentação usou por acidente o grafeno, material derivado do carbono que tem altíssima resistência e serve como excelente condutor. O engano teve excelentes resultados e acabou provando que o grafeno era o candidato perfeito para o projeto.
“Por mais de uma semana o estudante estava cultivando cristais verticais e, quando examinamos a superfície do substrato com um microscópio eletrônico de varredura, ficamos chocados ao ver os pequenos cristais de pé! Nós então otimizamos as condições e determinamos o mecanismo de cristalização”, conta Alejandro Briseno, pesquisador da universidade americana de Massachusetts Amherst e principal autor da pesquisa. O trabalho, publicado ontem na revista especializada Nano Letters, também teve a participação de cientistas da Universidade de Stanford (EUA) e da Universidade de Tecnologia de Dresden (Alemanha).
De acordo com o especialista, essa é uma das primeiras tentativas bem-sucedidas de cultivar cristais orgânicos como esses. “Por décadas, cientistas e engenheiros empenharam um grande esforço na tentativa de controlar a morfologia de interfaces combinadas em células solares orgânicas. Nós demonstramos aqui que nós finalmente desenvolvemos a arquitetura ideal composta de nanopilares de cristal orgânico”, anima-se Briseno.
Estável
O novo método não só apresenta uma solução mais eficiente para a transferência de energia como resolve alguns problemas de instabilidade desse tipo de tecnologia. Materiais híbridos com polímeros tendem a perder sua característica heterogênea ao longo do tempo, o que leva à perda de eficiência. Os dispositivos que usam materiais mistos também tendem a ser amorfos ou semicristalinos, o que representa uma desvantagem de rendimento na comparação com sistemas cristalinos.
De acordo com o pesquisador, o modelo deve ser adotado na fabricação não somente de células solares, mas também de baterias e de transistores verticais. “Esse trabalho é um grande avanço no campo das células orgânicas solares porque nós temos desenvolvido o que o meio considera ser o Santo Graal da arquitetura para colher luz e convertê-la em eletricidade”, descreve Alejandro Briseno.
A técnica, de acordo com o pesquisador da Universidade de Massachusetts Amherst, é simples e de baixo custo. O projeto de nanocristais ainda pode ser aplicado a vários materiais já usados comercialmente para conversão energética, tornando possível sua adoção em diversos tipos de dispositivos, que vão desde brinquedos a sensores e equipamentos descartáveis.
Fonte: Estado de Minas
Senador defende mais estímulos ao uso de energia solar
O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) comemorou nesta terça-feira (9) a possibilidade de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiar projetos de geração de energia elétrica a partir da fonte solar.
Para ele, a iniciativa pode representar a mudança da matriz energética brasileira, ainda muito dependente da exploração do petróleo, que é poluente; e das hidrelétricas, que dependem da regularidade das chuvas.
O financiamento do BNDES, disse Casildo, pode ganhar força se for aprovado projeto do senador Ataídes Oliveira (PROS-TO), que isenta do imposto de importação a aquisição de materiais e componentes destinados à produção de energia solar.
Casildo lembrou que o País precisa adotar uma postura responsável no setor energético, com planejamento, para assegurar o suprimento de energia necessário para o crescimento econômico do País.
“Na Alemanha, por exemplo, 17% da energia vem da energia solar. E veja bem que lá eles não têm tanta insolação como nós no Brasil. E isso é importante nós aproveitarmos, então, esse mecanismo, esse nicho de geração de energia no Brasil. Nós precisamos criar essa cesta diversificada de energia”, afirmou.