Eólica
Energias renováveis podem conter mudanças climáticas, afirma Al Gore
Durante o workshop do Projeto, que aconteceu no Rio de Janeiro (RJ), o ex-vice-presidente dos Estados Unidos e diretor do Climate Reality Project, Al Gore, apontou que o aumento das emissões globais dos gases causadores do efeito estufa, ocasionado principalmente pelo uso desenfreado de energia fóssil, é um dos maiores obstáculos para evitar o caos climático.
O evento reuniu entre os dias 04 e 06 de novembro mais de 700 líderes empresariais, ONGs e representantes de governo de 52 países, para um curso intensivo sobre os perigos das variações no clima.
O 5º Relatório sobre o clima do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas) das Nações Unidas reforça as afirmações do ambientalista, que aponta, entre outras coisas, que 95% da causa do aquecimento global é humana.
Recém divulgada, a publicação destaca ainda que se não nos livrarmos do uso indisciplinado da energia extraída do carvão e do petróleo, que até o fim do século, a Terra deverá aquecer mais de dois graus, o que poderá causar sérios danos ambientais. “Enquanto a economia mundial continuar dependente dos combustíveis fósseis, a sociedade será pressionada a tomar decisões erradas,” afirmou Al Gore.
Segundo o americano, que dividiu com o IPCC o Prêmio Nobel da Paz de 2008, a solução é a adoção de energias renováveis, que além de mais limpas, estimulam a atividade econômica.
O Brasil neste contexto
País sede desta edição do workshop, o Brasil foi um dos destaques no Painel “Energia do Futuro do Brasil: As Escolhas futuras,” onde representantes de importantes instituições debateram sobre o papel da energia sustentável dentro da matriz energética brasileira.
No Brasil, a maior parte da energia produzida e consumida é proveniente das hidrelétricas, porém as questões ambientais têm limitado a sua expansão e a sua capacidade de estocar água em seus reservatórios, evidenciando a necessidade da maior diversificação de fontes que, simultaneamente, sejam complementares à geração hídrica e contribuam para a manutenção do perfil limpo da matriz elétrica.
Trata-se de opção estratégica para o futuro energético do país e fontes como a eólica, a solar e a bioeletricidade, eletricidade produzida a partir do bagaço e da palha da cana-de-açúcar, foram apontadas pelos especialistas como maneira substancial e sustentável para reduzir as emissões de CO2.
Defendendo o uso mais amplo da energia limpa extraída dos canaviais, o diretor executivo da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Eduardo Leão de Sousa, enfatiza as vantagens socioambientais, como a geração de renda e de emprego no campo, estímulo à indústria de bens de capital e poupança de divisas. Destaca ainda o benefício ambiental da bioeletricidade em relação às usinas termelétricas movidas a óleo combustível, maior entre todas as formas de geração que estão atualmente disponíveis em larga escala.
A indústria sucroenergética produziu no ano passado o equivalente a 6% do consumo total no país, o que equivale à geração de energia suficiente para 8 milhões de residências ao longo de todo ano. “Além da economia de cerca de 10% da água dos reservatórios do submercado elétrico Sudeste/Centro-Oeste, que responde por 60% do consumo brasileiro, a bioeletricidade gerada a partir da cana evitou a emissão de cerca de 16 milhões de toneladas de gases de efeito estufa”, afirma Sousa.
Se aproveitada plenamente toda a biomassa de cana disponível no Brasil, será possível agregar à rede elétrica um volume de energia da ordem de 11.000 MW médios até a safra 2018/2019, o que equivale a uma usina do porte de Itaipu, ou três de Belo Monte, em termos de capacidade instalada (11.233 MW).
Fonte: Unica / Adaptado por CeluloseOnline
ABB lança sistema de cabeamento de transmissão de 525kV
A ABB lançou um sistema de cabeamento de corrente direta de alta tensão (HVDC) extrudado de 525kV para fazer as instalações de energia renovável mais eficientes e rentáveis. A inovação pretende mais que dobrar a capacidade de energia, de 1GW para 2,6GW. Também expandirá o alcance do cabeamento para distâncias de mais de 1,5 mil quilômetros, a partir de menos de mil quilômetros, enquanto mantém perdas de transmissão abaixo de 5%.
O novo cabeamento oferece um aumento de 64%, acima de 320kV, atualmente a maior tensão implantada para este tipo de tecnologia. O sistema pode ser implantado em aplicações subterrâneas e submarinas, tornando isto ideal para entrega de energia eficiente através de áreas densamente povoadas ou sensíveis do ponto de vista ambiental, ou aplicações costeiras ou a mar aberto.
“Esta grande inovação tecnológica irá mudar a viabilidade de projetos de energia renovável e atuar um papel definitivo no uso de cabeamentos de alta tensão subterrâneo e submarino para integrar energias renováveis em longas distâncias”, disse Ulrich Spiesshofer, CEO da ABB.
Ao permitir mais energia em distâncias maiores com perdas reduzidas, a nova tecnologia de 525 kV oferece soluções para países e serviços públicos que procuram permitir que seus sistemas de transmissão integrem mais energia renovável, que é gerada por instalações solares e eólicas distantes.
Oferece, ainda, economia em despesas de capital e operacional e auxilia no desenvolvimento de redes de corrente contínua, onde a ABB já atua no desenvolvimento do disjuntor HVDC híbrido.
Fonte: Jornal da Energia
Brasil avança em energia solar e eólica
País de dimensões continentais banhado por sol e com vasto litoral onde sopram ventos constantes, o Brasil começa a despertar para a importância das energias limpas, como a eólica ou solar: até 2018, segundo previsões da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), a participação da energia eólica na matriz energética brasileira vai saltar dos atuais 3% para 8%, alcançando, em mais alguns anos, o equivalente ao produzido pela hidrelétrica de Itaipu.
No horizonte dos próximos dez anos, técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério das Minas e Energia, preveem que o Brasil terá a mesma capacidade de renováveis em comparação com as fontes atuais, mesmo com a diminuição das fontes hidráulicas. O custo da energia eólica também contribui para esse avanço: seu preço já é hoje inferior ao da energia das pequenas centrais hidrelétricas, por exemplo.
A energia solar avança em passos mais lentos, porém também promissores. Em meados da próxima década, estimativas da EPE indicam que a geração de energia solar ganhará mais impulso graças à tecnologia. Além dos painéis fotovoltaicos já utilizados, a potência solar concentrada (CSP, na sigla em inglês) permitirá a construção de usinas heliotérmicas que usam espelhos para concentrar a luz em pequenas áreas, gerando vapor que movimenta turbinas. Embora seu custo ainda seja proibitivo e superior ao da eólica, o sistema de energia solar permite que seu gerador “doe” energia para a rede em horários ociosos, recebendo depois compensações financeiras. Essa vantagem competitiva é um incentivo à sua instalação.
A ABEEólica prevê que em seis anos a capacidade instalada de energia éolica no país vai aumentar quase 300%. Considerando os parques em construção e a energia já contratada, isso significa um salto de produção dos atuais 3.455,3 MW para 13.487,3 MW, uma quantidade de energia suficiente para abastecer mais de 20 milhões de residências. O Rio Grande do Norte lidera a geração de energia eólica, com 46 parques instalados e produção de 1.339,2 MW. O Ceará vem em segundo lugar, com 22 parques e 661,0 MW. Em seguida, pela ordem de produção, temos Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro, Pernambuco, Piauí e Paraná.
Além de ser a que mais cresce no Brasil, a energia eólica deve ter sua produção mundial dobrada até 2020, segundo previsão da consultoria GlobalData. A capacidade instalada cumulativa saltará dos 319,6 GW produzidos em 2013 para 678,5 GW em 2020, sobretudo por causa da China, hoje responsável por 45% de toda a capacidade mundial, graças a uma política de concessões e disponibilidade de financiamentos a baixo custo pelos bancos. Os Estados Unidos continuam sendo o segundo maior mercado global, com capacidade de aumentar os atuais 68,9 GW para 104,1 GW em 2020, graças a políticas de incentivo a energias renováveis adotadas por vários Estados.
Fonte: Época NEGÓCIOS
Cientistas japoneses querem captar energia solar da Lua
Uma empresa japonesa tem a intenção de buscar energia solar da Lua. A captação seria realizada por robôs e enviada à Terra através de raio laser. A Shimizu espera que a técnica progrida até 2035, quando o anel de captação da energia solar começa a ser construído.
Os japoneses ainda não calcularam os custos com o projeto, que é visto por especialistas com certo ceticismo. Alguns acreditam que existam formas mais eficazes e baratas de captar a energia no Brasil, através da instalação de painéis solares no sertão do nordeste, por exemplo.
Outra questão é sobre acordos políticos para explorar a Lua, pois ela não tem dono é propriedade do mundo. O porta-voz da empresa idealizadora do projeto, acredita que a proposta deva ser coletiva levando em consideração essa questão.